domingo, 7 de agosto de 2011

Quero-te


És imagem
ou miragem




O que queres ser,
Para mim?
Fantasia ou poesia?
Onde gritas que não te oiço?
Onde beijas que não te sinto?




Imagino-te?
Sim! e posso viver de te ter
Na minha imaginação
Mas não é o que desejo,
O que quero!




Ou te sinto pele contra pele
Lábios frementes
Húmida e transpirada
Entrega desejada,
ou não há nada!




Quero ouvir o teu grito
Sentir o teu prazer
A tua oferta ...
Coração com coração,
Sangue com sangue,
Grito com grito,
respiração com respiração.




Não te escuto
porque não te ouvi...




Como te posso sentir
se não me sentiste?
sem imagem
não há miragem!




Só depois o silêncio,
O nosso silêncio,
será imagem
não miragem"

Fernão Botelho



O Meu Presente!


Olho teu sorriso de menina,

ao ler tuas palavras lindas,
recebo-te, minha pequenina,
sempre te dando as boas vindas.



Teu olhar é sereno e apaixonado,
Tua entrega confiante faz-me feliz
Estares satisfeita traz-me regalado
Em ti me encontro em ti me refiz!




Fernão Botelho

Eternidade


Beijo teus lábios com sensualidade …

Meus dedos te percorrem com talento …
Te espantas, cantas suave lamento,
Te transporto par ´a eternidade


Ao beijar teus seios pontificados
Encontras a loucura da paixão
Desejas se prolongue a ilusão
Sonhos sonhados, ai! … reencontrados …


Vindos do meu amor, arte, saber?
Qual! Sem valor tirar aos meus intentos
Vêem do teu desejo de me ter!


São cores, brilhos, choques, risos, ventos…
Teus beijos não dissipam sentimentos
Pois és tanto menina como mulher!


Fernão Botelho

Entrega


Recebo-te,

Com calma, tranquilo,
Apenas espantado
com tanta assertividade,
porque te ofereces
surpreendentemente como quero.
Entrego-me,
buscando que te sintas
feliz, completa, amada
e espanto-me
com o teu olhar espantado
por tanto gosto e goso
e felicidade encontrada


Fernão Botelho

Encontro


Dou graças!
O espaço ganhou espaço
abriu-se,
libertou-se,
esvaziou-se



E tu vieste
ocupaste o meu vazio
E és o que pedi
O que queria
O que merecia



E eu fui
Também me querias,
desejavas,
esperavas,
Me merecias.


E veio o encanto,
o riso, a ternura,
tanta felicidade
espanto
e loucura .







Fernão Botelho

sábado, 17 de abril de 2010

Paradoxo

Crescem as saudades no meu peito
de tanto pensar em ti!
rasgo o horizonte em cada pranto
solto um grito
porque não estás aqui

Em cada aurora em mim estão
tecem barreiras sem vida
Mas são só sentires vãos
nada mudam (n)esta vida

Na palma da minha mão
no regaço de amante
Chora o meu coração
toda a hora, todo o instante

queria apagar o sonho
mimos, beijos, e abraços
esquecer o brilho dos teus olhos
entender o rumo dos teus passos.

Paula Minau